terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pra que ir no psicólogo?

Muitos já ouviram falar do profissional psicólogo, porém realmente não sabem o que ele faz. Há muitas fantasias sobre a postura, como atuam, como falam (e se falam), do divã, entre outras.... É muito mais pré-conceito do que conhecimento. Nesse sentido resolvi de maneira muito simples esboçar sobre a atuação desse profissional.

1) Lugares de atuação:

O psicólogo pode atuar em inúmeros lugares. Onde há seres humanos se relacionando pode ter um psicólogo trabalhando. Alguns exemplos mais comuns são os consultórios, empresas, escolas, hospitais, instituições públicas, ONGs, centros esportivos, universidades...
Pensamos que o psicólogo trabalha somente com o indivíduo sozinho em uma sala, mas pensando nesses lugares de atuação aí acima o principal foco será as relações humanas, os trabalhos em grupo, a interação de papéis que cada um irá exercer no seu meio de trabalho.

2) Psicólogo é coisa de doido?

A maioria das pessoas quando pensa em um psicólogo trabalhando, lembram das imagens de filmes, em que o psicólogo aparece mudo em toda sessão e o cliente em um monólogo desabafa tudo que sente e chega a conclusão de que não precisa do psicólogo porque ele por si só resolveu seu problema e percebe que o psicólogo é mais doido que ele.... Puro ESTERIÓTIPO.... E como todo esteriótipo, cheio de preconceito e falta de conhecimento.
O psicólogo ajuda a compreender as nossas dificuldades e nossos problemas que são inúmeros e que perpassam todas as fases da vida: crianças, adolescentes, adultos e idosos.

3) Qual a diferença do psicólogo com um amigo?

As diferenças do psicólogo com o amigos são inúmeras... Algumas delas são: o psicólogo é um profissional que passou no mínimo cinco anos estudando em uma faculdade. Assim, esse profissional diferentemente do seu amigo possui conhecimento, leu muito, fez cursos, frequenta congressos, se atualiza... Falando de um psicólogo clínico, as sessões duram em média cinquenta minutos a uma hora, que são exclusivamente do cliente, que poderá falar o que quiser, pois é um tempo só dele, diferente de uma relação com um amigo em que há troca, cada um pode falar sobre seus problemas, opinar com seus juízos de valores, criticar...
Outra diferença é que o psicólogo possui a visão de PLANO DE TRATAMENTO do seu cliente, há uma meta, um objetivo na terapia. O cliente chega com uma questão que o psicólogo ajuda a destrinchá-la. A conversa do psicólogo é uma conversa técnica, embasada em uma teoria, sem juízo de valor ou critica. Esse plano de tratamento é decorrente de um processo e não uma busca de resolução rápida. Já em uma relação com um amigo as conversas geralmente são pontuais, não há uma visão geral da história dessa pessoa, costuma olhar somente para o problema específico. 

3) Falar é terapêutico:

Falar de seus sentimentos, poder compartilhar sua dor com o outro que se mostra sensível a seu sofrimento é terapêutico. Até o silêncio faz parte desse processo, em muitos momentos na terapia precisamos SILENCIAR PARA OUVIR A DOR. Finalizo esse texto com essa citação:

"Ninguém cura ninguém,
 nós curamos no encontro com o outro. 
Ninguém se cura sozinho" Roberto Crema

Espero que esse texto percorra inúmeros caminhos, e que sensibilize muitas pessoas sobre a importância do psicólogo nas relações humanas.



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Tarja Branca

Saído do forno o documentário "Tarja Branca"(2014) do diretor Cacau Rhoden, retrata a partir de depoimentos de adultos a pluralidade do brincar, a importância da brincadeira durante todas as fases da vida, fazendo o resgate da criança em cada um de nós.

"A criança não vive para brincar, Brincar é viver"

Brincar é uma linguagem espontânea, uma criação humana que se diferencia em diversas culturas. Como dito no documentário "cada brinquedo é um gesto de expansão da consciência" E nós adultos esquecemos, ou não sabemos que o brincar faz parte de toda vida, não só da infância. O brincar pode estar presente no nosso dia-a-dia, só depende de nós nos permitir viver. A brincadeira está na dança, no canto, na literatura, na fantasia...

"A alegria não está na moda"

Em uma conversa com seus familiares, amigos você já reparou que falamos muito sobre depressão, ansiedade, tristeza, violência e falamos pouco sobre alegria, em espontaneidade, brincadeiras, prazer. Levamos a "vida a serio" e essa seriedade nos mata. Brincadeira é coisa séria, porque envolve gente, envolve o outro, mesmo quando estamos brincando sozinho, porque aí estamos brincando com a pessoa mais importante nós mesmos.

"O remédio não vai entrar pela boca e sim pela orelha...É a palavra"

Documentário disponível no site: NETFLIX- www.netflix.com.br 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O puerpério não dura 40 dias

Começo o texto de hoje com a frase da terapeuta familiar e escritora Laura Gutman "o puerpério não dura quarenta dias". Para quem nunca ouvir falar nessa palavra estranha, vou explicar o que significa e tenho certeza que já escutou sobre esse tão famoso momento de uma nova mãe. 
O puerpério é o nome dado a fase logo após o pós-parto, quando termina o deslocamento da placenta, logo após o nascimento do bebê. É um período de espera, em que o corpo está se adaptando e voltando à "normalidade". E nesse período recomenda-se não ter relações sexuais. O que para muitos maridos é uma tortura.
Segundo Laura, as mulheres puerperais não estão em condições físicas  ou emocionais de manter relações sexuais com penetração. É um momento com muitas mudanças e inúmeras questões que emergem e muitas se sentem culpadas quando o obstetra as "liberam" para retornar as relações sexuais e o corpo e a mente não respondem. 
O esgotamento é total. A energia para cuidar de um novo ser é tão nova e tão desgastante para essa mãe. A sensibilidade e a feminilidade precisam ser mais desenvolvidas nesse momento tanto para as mulheres e tanto para os homens. Sexualidade vai além da penetração vaginal. Sexualidade é caricia, abraços, toque, olhar, beijos, palavras. 
As mulheres só se sentem culpadas de não terem vontade de ter relação sexual quando não há um marido sensível ao seu lado. Mulheres desejam beijos apaixonados, abraços prolongados, massagens nas costas, conversas, sorrisos, calor e disponibilidade masculina. 
A criança sempre está com a mãe, mesmo estando no seu berço dormindo, a mãe e esse bebê estão ligados emocionalmente. Por isso é indispensável que a relação com o parceiro seja suave, delicada e lenta. O puerpério pode durar um mês, seis meses, ou dois anos, isso depende de cada mulher e de cada relação. E para que tenhamos uma relação com o outro precisamos primeiro, nos olhar.



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O poder da relação professor-aluno


Toda pessoa e principalmente, toda criança precisa ser acreditada. E para que isso ocorra precisamos elevar sua auto-estima. Temos que valorizar a pessoa, independente de suas notas, atitudes e comportamentos.  Precisamos olhar com mais carinhos e amor pras relações professor-aluno. 
Estamos na era do saber, focamos muito no aprendizado tecnológico, na preparação pro vestibular e isso muitas vezes quando as crianças estão com 5- 8 anos. Crianças precisam sentir, o verdadeiro aprendizado na infância está nas sensações e emoções. Como diz o espanhol Jorge Larrosa, muitas coisas nos passam, muitas coisas nos acontecem o dia todo, mas poucas coisas nos tocam, poucas coisas nos permitimos sentir, chorar e sofrer.
Rita Pierson, do vídeo acima, acredita do poder dessa relação, e principalmente, acredita no ser humano. Nenhum aprendizado significativo acontece sem o vínculo afetivo. Que esse vídeo seja de incentivo pra tantos educadores e professores.

Os primeiros sete anos- Força Vital


"O primeiro setênio – período que vai de 0 a 7 anos de idade – é fundamental, pois é quando as forças vitais estão trabalhando profundamente no corpo infantil, que multiplica em muitas vezes seu tamanho inicial, desde o nascimento. Assim, a primeira dica é adotar o aleitamento materno.
O leite materno, além de ser o mais específico e equilibrado, contém as forças etéricas protetoras da mãe e reforça o vínculo de afeto tão essencial nessa fase. Em torno dos sete anos as forças vitais se metamorfoseiam em forças do pensar e a criança fica pronta para um aprendizado lógico. Devemos evitar que essas forças sejam desviadas de seu trabalho sobre o corpo nos primeiros anos de vida, por exemplo, antecipando a intelectualização das crianças.
Uma alfabetização precoce ou dirigida erroneamente desvia as forças etéricas do corpo para o “pensar”. Como conseqüência, futuramente podemos ter adultos desvitalizados e que adoecem facilmente.
Durante o primeiro setênio é importante sentir que o mundo é bom: calor, nutrição, favorecer o desenvolvimento neuro-psicomotor através de brinquedos pedagógicos, de histórias, muitas brincadeiras- também ao ar livre – e fantasias.
Assim, tudo que pudermos fazer para proteger e fortalecer essas forças vitais durante o começo da vida significará um trabalho preventivo para a saúde até o último setênio."
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Fonte: ABMA – Associação Brasileira de Medicina Antroposófica - See more at: http://www.antroposofy.com.br/wordpress/o-primeiro-setenio-formacao-do-corpo-s/#sthash.dSlf59Yb.dpuf
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Divulgando o trabalho



Atendimento em grupo ou individual- criança, adolescente e adulto. Atendimento especializado à gestante e família. Durante o período gestacional, parto e pós-parto.